quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A PROVIDÊNCIA DE DEUS

Gn 45.5 “... não vos entristeçais, nem pese aos vossos olhos por me haverdes vendido pra cá; porque para conservação da vida, Deus me enviou diante da vossa face.”

Depois de o Senhor Deus criar os céus e a terra, Ele não deixou o mundo à sua própria sorte. Pelo contrário, ele continua interessado na vida dos seus, cuidando da sua criação. Deus não é como um hábil relojoeiro que formou o mundo deu-lhe corda e deixa acabar essa corda lentamente até o fim; Pelo contrário, Ele é Pai amoroso que cuida daquilo que criou. O constante cuidado de Deus por sua criação e por seu povo é chamado, na linguagem doutrinal, a providência divina.

ASPECTOS DA PROVIDÊNCIA DIVINA

Há pelo menos três aspectos da providência divina:

1) Preservação: Deus, pelo seu poder, preserva o mundo que Ele criou. A confissão de Davi fica clara: “A tua justiça é como as grandes montanhas; os teus juízos são um grande abismo; Senhor, tu conservas os homens e os animais.” (Sl. 36.6). O poder preservador de Deus manifesta-se através do seu filho Jesus Cristo, conforme Paulo declara aos Colossenses 1.17: Cristo “é antes de todas as coisas, todas as coisas subsistem por Ele.” Pelo poder de Cristo, até mesmo as minúsculas partículas de vida mantêm-se coesas.

2) Provisão: Deus não somente preserva o mundo que Ele criou, como também provê as necessidades das suas criaturas. Quando Deus criou o mundo, criou também as estações (1.14) e proveu alimento aos seres humanos e animais (1.29-30). Depois de o Dilúvio destruir a terra, Deus renovou a promessa da provisão, com estas palavras: “Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite não cessarão” (8. 22). Vários Salmos dão testemunho da bondade de Deus em suprir do necessário a todas as criaturas. (Ex: Sl 104; 145).
O mesmo Deus revelou a Jó o seu poder de criar e de sustentar (Jó 38-41), e Jesus asseverou em termos bem claros que Deus cuida das aves do céu e dos lírios do campo (Mt 6.26-30; 10.29).Seus cuidados abrangem, não somente as necessidades físicas da humanidade, como também as espirituais. (Jo 3.16-17).
A Bíblia revela que Deus manifesta um amor e cuidado especiais pelo seu próprio povo, tendo cada um dos seus em alta estima (ex: Sl 91; Mt 10.31).
Paulo escreve de modo inequívoco aos crentes de Filipos: “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” (Fp 4.19). De conformidade com João, Deus quer que seu povo tenha saúde, e que tudo lhe vá bem. (3Jo 2)

3) Governo: Deus, além de preservar sua criação e prover-lhe o necessário, também governa o mundo. Deus, como soberano que é, dirige os eventos da história, que acontecem segundo sua vontade permissiva e seu cuidado. Em certas ocasiões, Ele intervém diretamente segundo o seu propósito redentor (ver o estudo A VONTADE DE DEUS, p, 1056, em breve). Mesmo assim até Deus consumar a história, Ele tem limitado seu poder e governo supremo neste mundo. As escrituras declaram que Satanás é “o deus deste século” [mundo](2Co 4.4) e exerce acentuado controle sobre a presente era maligna.(1 Jo 5.19). Noutras palavras, o mundo hoje, não está submisso ao poder de Deus, mas, em rebelião contra Ele e escravizado por Satanás. Note porém, que essa autolimitação da parte de Deus é apenas temporária; na ocasião que Ele já determinou na sua sabedoria, Ele aniquilará Satanás e todos as hostes do mal (Ap 19--20).

A PROVIDÊNCIA DIVINA E O SOFRIMENTO HUMANO

A revelação bíblica demonstra que a providência de Deus não é uma doutrina abstrata, mas que diz respeito à vida diária num mundo mau e decaído.

1) Toda pessoa experimenta o sofrimento em certas ocasiões da vida e daí surge à inevitável pergunta. “Por quê?” (cf. Jó 7.17-21; Sl 10.1; 22.1; 74.11-12; Jr 14.8-9,19). Essas experiências alvitram o problema do mal e do seu lugar nos assuntos de Deus.

2) Deus permite que os seres humanos experimentem as conseqüências do pecado que penetrou no mundo através da queda de Adão e Eva. José por exemplo: Sofreu muito por causa da inveja e crueldade dos seus irmãos. Foi vendido como escravo pelos seus irmãos e continuou como escravo de Potifar, no Egito. (37; 39). Vivia no Egito uma vida temente a Deus, quando foi injustamente acusado de imoralidade, lançado no cárcere (39) e mantido ali por mais de dois anos (40.1-- 41.14). Deus pode permitir o sofrimento em decorrência das más ações do próximo, embora Ele possa soberanamente controlas tais ações, de tal maneira que seja cumprida a sua vontade. Segundo o testamento de José, Deus estava agindo através dos delitos dos seus irmãos, para a preservação da vida (Gn 45.5; 50.20).

3) Não somente sofremos as conseqüências dos pecados dos outros, como também sofremos as conseqüências dos nossos próprios atos pecaminosos. Por exemplo:
  •  O pecado da imoralidade e do adultério resulta no fracasso do casamento e da família do culpado.
  •  O pecado da ira desenfreada contra outra pessoa pode levar á agressão física, com ferimentos graves ou até mesmo o homicídio de uma das partes envolvidas, ou de ambas.
  •  O pecado da cobiça pode levar ao furto e daí à prisão e cumprimento de pena.

4) Sofrimento também ocorre no mundo por que satanás, o deus deste mundo, tem permissão para executar a sua obra de  cegar as mentes dos incrédulos e de controlar as suas vidas ( 2Co 4.4; Ef 2.1-3). No NT está repleto de exemplo de pessoas que passaram por sofrimentos por causa dos demônios que atormentavam com aflição mental (e,g., Mc 5.1-14) ou com enfermidades físicas (Mt 9.32,33; 12.22, Mc 9.14-22; Lc 13.11,16, ver o estudo PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS, P. 1466, em breve.). Dizer que Deus permite o sofrimento não significa que Deus origina o mal que ocorre neste mundo, nem que Ele pessoalmente determina todos os infortúnios da vida. Deus nunca é o instigador do mal ou da impiedade.   (Tg 1.13). Todavia, Ele às vezes, o permite, o dirige e impera soberanamente sobre o mal a fim de cumprir a sua vontade, levar a efeito seu propósito redentor e fazer com que todas as coisas contribuam para o bem daqueles que lhes são fiéis (ver Mt 2.13, Rm 8.28; ver estudo O SOFRIMENTO DOS JUSTOS, p. 772, em breve).

O RELACIONAMENTO DO CRENTE COM A PROVIDÊNCIA DIVINA

O crente para usufruir da providência de Deus em sua vida, tem responsabilidades a cumprir, conforme a Bíblia relata.
1) Ele deve obedecer a Deus e à sua vontade revelada. No caso de José, por exemplo, fica claro que por ele honrar a Deus, mediante sua vida de obediência, Deus o honrou ao estar com ele(39.2,3,21,23). Semelhantemente, para o próprio Jesus desfrutar do cuidado divino protetor, ante as intenções do rei Herodes, seus pais terrenos tiveram que obedecer a Deus e fugir para o Egito. (ver 12.13). Aqueles que temem a Deus e o reconhecem em todos os seus caminhos têm a promessa de que Deus endireitará as suas veredas (Pv 3.5-7).

2) Na sua providência, Deus dirige os assuntos da igreja e de cada um de nós como seus sevos. O crente deve estar em constante harmonia com a vontade de Deus para a sua vida, servindo-o e ajudando outras pessoas em nome dEle (At 18.9-10; 23.11; 26.15-18; 27.22-24).

3) Devamos amar a Deus e submeter-nos a Ele pela fé, em Cristo, se quisermos que Ele opere para o nosso bem em todas as coisas (Rm 8.28). 

Para termos sobre nós o cuidado de Deus quando em aflição, devemos clamar por Ele em oração e fé perseverante. Pela oração e confiança em Deus, experimentamos a paz (Fp 4.6,7), recebemos a sua força (Ef 3.16; Fp 4.13), a misericórdia, a graça e ajuda em tempos de ncessidade (Hb 4.16), Tal oração de fé pode ser em nosso favor ou em favor do próximo (Rm 15. 30-32; ver Cl 4.3; ver estudo A INTERCESSÃO, p. 1261, em breve).

Fonte: Bíblia de Estudo Pentecostal

Ele Fez Isto Especialmente para você

Deus o adotou

João 1.12-13;
Mas a todos quantos o receberam deu-lhe o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.

Veja também: Gálatas 4.6-7 e 1 João 3.2

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Deus o Conforta

2 Coríntios 1.3-4
Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus.

Veja também: João 14.1 e Naum 1.7

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